Talvez num sopro de vida
Ela quisera amar alguém,
Pensando ser tão querida
E podendo querer também.
Talvez, numa pouca existência,
Tivesse acontecido a loucura
De amar, com a inocência
De uma alma tão pura.
Talvez, sem saber,
Tivesse a si própria amado,
Mas, sem a vida conhecer
Pensou haver sonhado
A vida, o sopro da vida
Que conseguiu viver,
Amou e foi querida
Sem o amor conhecer.
Por um pequeno momento,
Amou e tentou viver,
Mas num medonho tormento
Morreu... nem conseguiu nascer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário